Kira Luá, desde pequenina pintava as paredes do quarto, dançava ballet, adorava brincar sozinha e criar histórias imaginárias de um mundo fantástico, de encantamentos. Aos quatorze anos, em Mogi das Cruzes, começou a estudar desenho de observação com um artista holandês, o prof.Van der Wiell, técnicas clássicas de pintura a óleo e desenho com carvão onde media as proporções com barbante e palitos. A arte sempre esteve do seu lado, fez artes plásticas na FAAP em São Paulo, o enfoque era arte contemporânea e de vanguarda, teve professores que são ícones da arte contemporânea brasileira como Nelson Lerner, Regina Silveira, Evandro Carlos Jardim e companheiros de turma que se tornaram importantes artistas chamados Geração 80, Leda Catunda e Sergio Romagnolo.
Em 1987 montou juntamente com os artistas de Mogi, Claudio Assis e Nerival Rodrigues o atelier" Pagina 3" ,que fou um marco na historia da arte de Mogi, contado ate em livro de Claudio Assis, lá começou seu trabalho de arte pessoal com pintura experimental , num processo laborial de matérias texturas, seus trabalhos tinham uma influência das teorias Taoístas e ambientais, nesta época era envolvida com estas questões ecológicas em Mogi das Cruzes , onde foi uma das fundadoras do grupo MEL ( Movimento Mogiano Ecologico Livre).
Criou o Espaço de arte infantil ARTEMIM, com mais de 40 alunos, foi uma experiência incrível com 2 exposições de arte infantil realizada na cidade com enfoque na criatividade, espontaneidade, auto expressão e arte educação ambiental.
Em 1999 se especializou em Arteterapia trabalhou no Carandiru, na APAE, com pacientes oncológicos, doenças mentais crianças, adultos e idosos, que lhe deu embasamento e influencias filosóficas para seu trabalho na arte, escreveu um livro " Linguagem de dentro, pinturas de Helena", falando sobre a arte de inclusao .
Passou a desenvolver objetos e instalações e só mais tarde chegou a escultura, num processo inverso da história da arte que dá escultura as obras foram para objetos e instalações...
Encontrou o artista Mario Palermo, italiano, escultor, para aprender a fazer esculturas em resina em 1991, casaram e tiveram dois filhos, com ele aprendeu muitas técnicas e desenvolveu vários trabalhos. Depois de ter passado por várias fases, chegou a criar os Seres Imaginários , coloridos, lúdicos, interativos, tem influencias surrealistas,do artista Juan Miró e e da artista francesa Nike Sant Phalle, paralelamente desenvolve, arte colaborativa e compartilhada , onde trás para a arte às questões sociais, culturais e um posicionamento de conduta e filosofia, que Arte é para todos, é de todos e está em todos, quebrando conceitos pré estabelecidos de arte é para poucos, de exclusão e elitização.
Atualmente reside e trabalha em seu sitio cultural e residencia artística SOLAR AZUL DO GALO CANTANTE em Canela, na serra gaúcha , desenvolve trabalho de arte educação ambiental, recebe artistas nacionais e estrangeiros para projetos e grupos diversificados para vivencia ambiental e criativa.
Em 1998 ganhou menção honrosa no Salão do Vidro de São Paulo (SP) e, em 2005, ganhou o Prêmio SESI de Cerâmica em Gramado (RS).
Sempre participa de açoes de politicas culturais, em 1988 foi uma das fundadoras do PV em Mogi das Cruzes, foi representante das artes visuais de Gramado em 2011, ajudou a criar o Conselho municipal de cultura em Gramado em 2013, foi coordenadora do AEERGS nucleo da Serra em 2015 a 2016, foi diretora de departamento de artes visuais da Fundação Cultural de Canela de 2015 a 2017.
Principais exposições:
“Identidade Serra”, Gasômetro de Porto Alegre, 2016,
“Arte no Muro, Grafites na Av. Mauá” ,Porto Alegre, 2016,
“Caro, Cara: retratos correspondentes” (2015) na coletiva Autoretratos no MARGS,
4° Prêmio IEAVI “ Pregos servem para pendurar coisas e prender sonhos...”,
Casa de cultura Mario Quintana, Porto Alegre, 2015,
"Kikitóide" escultura publica doada para a cidade de Gramado(2013) ,Centro de Cultura de Gramado.
Pintura rupestre Azular”, no EcoParque Sperry, Gramado 2012,
,“Pedras do Sagrado II” (2003) na Estação das Clínicas do Metrô, São Paulo (SP);
“Pedras do Sagrado” (2002) na Estação Santa Cecília, São Paulo (SP);
“Óticas de São Paulo” (2002) no Museu da Casa Brasileira, São Paulo (
Exposição no Teatro Carlos Pascoal Magno em Mogi das cruzes, 1987